segunda-feira, 22 de janeiro de 2007



NAT TURNER


SLAVE MASTER





Rebeliões de pessoas negras escravizadas aconteceram em praticamente todos os países, inclusive nos Estados Unidos. Das inúmeras que ocorreram em solo ianque, vamos destacar aquela que foi liderada por Nat Turner.Turner nasceu no dia 2 de outubro de 1800 em Southampton, estado da Virginia, filho de um casal de africanos escravizados, de propriedade de Benjamin Turner, um latifundiário americano. Desde pequeno sua mãe e sua avó, incentivaram nele, sua auto-estima e a não aceitação da condição escrava. Ele também afirmava ter visões.Sua infância seria comum e desprestigiada se não fosse esperto em conseguir convencer que um dos filhos do fazendeiro o alfabetiza-se. Além disso, movido pelas orações de seu povo, ele desenvolveu a consciência de seu papel importante no processo de libertação de sua comunidade negra. Nat tinha inclusive a convicção, que estava predestinado, divinamente a ser o líder desse movimento.Aos 31 anos de idade, foi separado de sua família e vendido para Joseph Travis. E naquele ano, em fevereiro, na ocorrência de um eclipse solar, sentiu que era o momento para aproveitar e articular uma rebelião. Era propicio, pois todos os brancos, estavam pensando que o evento astronômico, era um sinal de Deus.Inicialmente a data escolhida foi 4 de julho – onde é comemorado a Independência Norte América, mas concluíram que não estavam prepararam e adiaram. Remarcaram para o 13 de agosto e realmente executaram 8 dias depois. Primeiro mataram Benjamin e mais 50 pessoas. Logo depois libertaram mais de 75 escravos e começaram a planejar uma forma de manter esta condição.Entretanto as autoridades da Virginia ficaram alarmadas, e conseguiram reunir uma milícia de 3 mil homens. A idéia era derrotar os ex-escravos, e tornar a punição exemplar. Mal equipados, os liderados de Turner, não resistiram por muito tempo e foram dominados, em 48 horas, após o inicio.Como retaliação, mais de 100 pessoas negras foram assassinadas, inclusive, algumas nem tinha qualquer participação na rebelião. Nat, a exemplo de Zumbi, consegui escapar e tentava organizar outra revolta, mas foi detido, no dia 30 de outubro. No dia 5 de novembro foi sentenciado a morte, e executado no dia 11 de novembro de 1831, na cidade de Jerusalém, estado de Virginia.Mas sua morte não foi em vão, pois motivou a discussão do fim da escravidão no estado da Virginia. E ele se tornou um dos heróis afro-americanos da luta pela libertação dos escravos.Há um livro, escrito é lógico sob a ótica dos senhores de escravos, contando o episodio. O titulo é “The Confessions of Nat Turner”(As Confissões de Nat Turner), escrito por Thomas Ruffin Gray.


Rainha Nzinga


Raínha Nzinga, Nzinga I, Raínha Nzinga Mdongo, Nzinga Mbandi, Nzinga Mbande, Jinga, Singa, Zhinga, Ginga, Ana Nzinga, Ngola Nzinga, Nzinga de Matamba, Raínha Nzingha de Ndongo, Ann Nzingha, Nxingha, Mbande Ana Nzingha, Ann Nzingha, e Dona Ana de Souza.Filha de Nzinga a Mbande Ngola Kiluaje e Guenguela Cakombe Controversa líder feminina homenageada em Angola e no Brasil. Misto de libertadora com uma grande negociadora de escravos. Inteligente e cruel ao mesmo tempo. É difícilfazer um julgamento de seu caráter a tanta distancia cronológica.A Historia de Nzinga começa com a ocupação portuguesa, em 1578, quando Paulo Dias de Novais funda a cidade fortificada de São Paulo de Assumpção de Luanda que se tornará a futura capital de Angola em território mbundu. O rei dos mbundu era Ngola Kiluanji, pai de Nzinga, resistiu por muitos anos à invasão de seu território. Ngola Kiluanji resiste à ocupação portuguesa. No entanto, uma parte do território é tomada, constituindo o primeiro espaço colonial na região. O rei Kiluanji refugia-se em Cabassa, no interior de Matamba, e consegue reter o avanço dos portugueses. Após a morte de Kiluanji sucede seu filho Kia Ngola Mbandi, meio irmão de Nzinga, que, inicialmente, também impediu o avanço do comércio escravagista para o interior. Uma das primeiras medidas de Kia Mbamdi foi matar o filho único de Nzinga, concorrente em potencial.Ela também teve de aturar forte oposição interna por ser mulher e ter como mãe uma escrava – mancha grave em sua ficha, já que todo o poder, no reino, se baseava nas relações de parentesco. Nzinga fora criada pelo pai, o rei Jinga Mbandi, para ser uma rainha guerreira. Diplomata hábil, auxiliou seu irmão, mesmo rancorosa com o ato de assassinato de seu filho, negociando a devolução de territórios já ocupados pelos invasores. Recebida em Luanda com grande pompa pelo governador geral ela negocia sem ceder algum território e pede a devolução de territórios que obtém pela sua conversão política ao cristianismo, recebendo o nome de Dona Anna de Sousa. Mais tarde suas irmãs Cambi e Fungi também se convertem, passando a se chamar Dona Bárbara e Dona Garcia respectivamente.Entretanto os portugueses ficam impacientes, e no desejo de estabelecerem o comércio com o jaga de Cassanje no interior, não respeitam o tratado de paz. A rebelião de alguns sobas (chefes), que se aliam ao jaga de Cassange e aos portugueses, cria uma situação de desordem no reino de Ngola.Depois de saber da quebra do tratado, ela perguntou ao seu irmão para interceder e lutar contra a invasão portuguesa. Nzinga assume o comando da situação e ao encontrar um dos sobas, seu tio, que se dirigia a Luanda para se submeter aos portugueses, manda decapitá-lo, e dando conta da hesitação de seu irmão manda envenená-lo abrindo assim caminho ao poder e ao comando da resistência à ocupação das terras de Ngola e Matamba. De volta da sua missão, faz sua vingança, reorganizando seu exercito, mas esperando o momento propício. Aclamada Rainha Nzinga vai atirar o sobrinho, recebendo-o alegremente para em seguida apunhalá-lo, deste modo acaba sua vingança. Os adversários portugueses respondem elegendo um chefe mbundu, Aiidi Kiluanji (Kiluanji II), como novo Ngola das terras do Ndongo.A líder Nzinga, não conseguindo um acordo de paz com os portugueses em troca de seu reconhecimento como rainha de Matamba, renega a fé católica e se alia aos guerreiros jagas de Oeste se fazendo iniciar nos ritos da máquina de guerra que constituía o quilombo. Ele une-se a eles casando com um chefe jaga.Aliou-se a guerreiros jagas passando a atuar em quilombos, com espaços e táticas de guerra semelhantes aos utilizados por seu contemporâneo Zumbi dos Palmares em terras brasileiras. Durante a guerra por liderar pessoalmente as suas tropas e proibiu de as suas tropas a tratarem de "Rainha", preferindo que se dirigissem a ela como "Rei". Em 1640, a rainha Nzinga e seus guerreiros atacam o forte Massangano, onde suas duas irmãs, Cambu e Fungi, são aprisionadas, sendo esta última executada. Aproveitando a ocupação temporária de Luanda pelos holandeses, recupera alguns territórios de Ngola com a adesão de alguns sobas (chefes). Salvador Correia de Sá y Benevides, general brasileiro, restaura a soberania portuguesa em Luanda e tenta restabelecer seu poder no interior.Numa incursão do exército de Nzinga são aprisionados dois capuchinhos que a rainha aproveita para convencê-los de sua vontade de reconversão em troca do reconhecimento de sua soberania nos reinos de Ngola e Matamba e da libertação de sua irmã Cambu. O governador geral aceita libertar Cambu se Nzinga retificar um tratado limitando suas reivindicações a Matamba e renunciando aos territórios de Ngola, sendo o rio Lucala escolhido como fronteira. Este tratado, de 1656, só vai ser posto em prática depois da ameaça da rainha voltar à guerra. Só assim o governo de Luanda libera sua irmã Cambu, mesmo assim depois do pagamento de um resgate de mais de uma centena de escravos. Cambu tinha ficado retida em Luanda por cerca de dez anos.Há uma paz relativa no reino de Matamba até a sua morte aos 82 anos em 17 de dezembro de 1663. Sucede a Nzinga sua irmã Cambu, continuadora da memória de sua irmã, a rainha quilombola de Matamba e Angola.Um episódio revela bem essas qualidades: Quando se apresenta como embaixatriz em Luanda, o governador recebe-a numa sala onde havia apenas uma cadeira e uma almofada o governador oferece-lhe a almofada, o que Nzinga recusa por ofender a sua dignidade real e senta-se no corpo ajoelhado de um dos acompanhantes da sua corte, eliminando a posição de inferioridade que sutilmente lhe era oferecida pelo governador. Quando a audiência foi terminada deixa a escrava na mesma posição. Perguntaram-lhe se esquecera a escrava, ela respondeu, que não costumava conduzir a cadeira utilizada em cerimônia de tal importância.Despertou o interesse dos iluministas como a criação de um romance inspirado nos seus feitos (Castilhon, 1769) e citação na Histoire Universelle (1765)Obteve vitórias e uma relativa paz até morrer aos 82 anos de idade.





Rainha de Sabá



Há séculos que arqueólogos tentam escavar as ruínas de um colossal templo a 120 quilômetros de Sanaa, no Iêmen à procura dos restos mortais da Rainha de Sabá.O santuário, chamado Mahram Bilqis, localiza-se nos arredores de Marib, capital do antigo reino de Sabá. Acredita-se encontrar ali os restos mortais da Rainha.Quase tudo o que se sabe a seu respeito está contido em treze versículos do Velho Testamento,e em alguns trechos do Corão, o livro sagrado do Islã .Sabá era conhecido como o país das mil fragrâncias; existiu por 1 800 anos e só desapareceu por volta do ano 600 da era cristã, pouco antes do advento do islamismo.Na história do povo sabeu radicado no sul da Arábia, Sabá de Biltis foi uma sábia rainha que levou seu povo à pura adoração ao Senhor.Os islâmicos a chamam de Belkis,e os etíopes de Makeda.Durante séculos, o reino controlou as rotas das caravanas que transportavam o incenso e a mirra, produtos obrigatórios nos templos da Antiguidade. O incenso que produzia era muito procurado. Em Sabá não havia miséria e seu povo era sadio e feliz. A visita da rainha ao rei Salomão em Jerusalém poderia incluir um acordo comercial com Israel, no entanto para os judeus ,sua viagem à Jerusalém tinha por finalidade conscientizar o rei Salomão a não se descuidar de sua importante missão na Terra.Com portentosa caravana real Biltis a Rainha de Sabá adentrou em Jerusalém levando muito ouro destinado ao Templo do Todo-Poderoso e uma severa advertência a Salomão, não se intimidando com a impertinência de Betsabá que temia perder a sua influência de supermãe, para aquela estrangeira altiva e independente.“Um ser humano que só recebe, sem nada dar, põe em perigo sua felicidade e sua paz de alma! Muito provavelmente tal pessoa nascerá na pobreza, por ocasião da próxima vida terrena! Pode acontecer até que tenha de passar sua vida como mendiga!"E Biltes continuou a chamar à atenção de Salomão para não descuidar do povo do qual era regente, preparando-o para a vinda do Enviado de Deus que segundo as profecias nasceria naquele país.“- Estás enganando Salomão! O saber a respeito do Filho de Deus e o anseio de poder servir a Ele continuam vivendo nas almas, mesmo depois da morte! E esse saber e o anseio despertarão nos novos corpos terrenos, quando nascerem de novo na Terra, provavelmente na época do Enviado de Deus. Imediatamente o reconhecerão e ficarão agradecidos por lhes ser permitido servir a Ele."Esse encontro em Jerusalém teria ocorrido em 950 a.Cestá registrado na Bíblia .
(primeiro livro dos Reis (Cap. 10, vers 1-13) e segundo das Crônicas (Cap. 9, vers 1-12)).No Kebra Nagast, conta-se que o Rei Davi, o primeiro governante judeu do chamado Período dos Reis da história dos judeus, desposou Betsabá, uma descendente de judeus negros. O casal gerou o histórico Salomão, que sucedeu o pai e gerou um filho com a Rainha Sheba (a Rainha de Sabá), imperatriz de terras ao sul da Etiópia. Como legado ao herdeiro, Salomão confiou à Rainha um anel de diamante ornamentado com afigura do Leão de Judah.O garoto recebeu o nome de Menelik, Bayna-Lehkem ou, o "Filho do Sábio", e consta que teria visitado as terras de Israel onde conheceu seu pai e com ele foi iniciado no judaísmo. A ele o pai teria confiado a Arca da Aliança contendo os dez mandamentos dados por Moisés.Foi assim que o Reino de Davi se estabeleceu na Etiópia há três mil anos e a Dinastia, bem como o anel de diamante, atravessaram os séculos até se extinguir com a morte de Haile Selassie. O império abissínio para o qual se aplicava o termo Etiópia se considera descendente do Rei Menelik, filho que Belkis com Salomão. Além dos títulos de rei dos Reis (Negus Nagast) e Senhor dos Senhores, o trono etíope agregava outros tantos atributos que reforçavam a autoridade religiosa do imperador; ele era o Leão de Judah, o Eleito de Deus, o Messias Negro.Essa dinastia reinou na Etiópia até 1974. Ainda neste século o governo do Iêmen não permitia pesquisas arqueológicas na região, não sendo admitida à entrada de estrangeiros no país, embora as ruínas de Marib, antiga capital de Sabá, se estendessem por quilômetros. Finalmente, através dos esforços do paleólogo Wendell Philips, foi dado ao mundo cientificar-se da real existência de Sabá e do esplendor de Marib, sua capital.á cerca de 3.000 anos, a Rainha de Sabá estava indecisaA Rainha de Sabá da antiguidade até os dias atuais sido tema da pesquisa científica que tenta comprovar sua existência.Sua figura tem alimentado a imaginação de pintores, cineastas, historiadores .É retratada em 1512 nas Pinturas de Lambert Sustris, “A Chegada da Rainha de Sabá ,e por Edward Poynter artista do no século 19”.Foi tema de filmes como Salomão e a Rainha de Sabá, dirigido em 1959 por King Vidor, e As Mil e Uma Noites, de Pier Paolo Pasolini, filmado em 1973.